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Mário também gosta de correr e está voltando às pistas com produtos do seu criatório
tos, em 2012 chegaram o reprodutor cipantes, hoje, nos últimos GPs temos experiência em pegar animas pron-
Kilowatt, além do garanhão Valenta- uma média de 40 a 60 nacionais cor- tos para correr. Nestes 10 anos o
wer, que foi para outro criador. rendo. Então foram 10 anos muito fru- mercado exigiu a profissionalização
Em 2015, sempre com a ajuda de tíferos principalmente em no que de treinadores para trabalhar com
Edison Zeni nas pesquisas de linha- mudou em relação ao plantel nacional potros, assim como jóqueis para
gens, Mário trouxe mais dois reprodu- e os resultados em si. Apesar de mui- apresenta-los. Muitos profissionais já
tores, OK Commander e Mistery tos desacreditarem, eu tinha certeza aprenderam, outros ainda estão
Photo, que tiveram a estreia de seus que isto poderia acontecer quando aprendendo, mas é a demanda que
produtos no Brasil no último Debut de comecei todo investimento. A criação faz esta evolução dos profissionais”.
Potros. A última a chegar dos Estados nacional evoluiu de vento em popa e Como ex-presidente da ABCCT e
Unidos foi a égua Island Terror, tam- hoje chegou ao que eu esperava, ape- membro da atual diretoria, Mário
bém para o criatório. sar de ainda não termos conseguido acredita que o Centro de Treina-
Ainda no final do ano passado che- um Hipódromo oficial com corridas e mento da Associação irá ajudar
garam as seis éguas trotadoras france- apostas, que seria uma vitrine para ainda mais a evolução da criação na-
sas, em parceria com outros criadores, mostrar ainda mais os resultados con- cional, podendo atrair novos proprie-
com apoio da LeTrot e, o criador não quistados, assim como o aumento de tários e criadores.
poderia perder a chance de também criadores e proprietários em nossa Criador realizado, por ter atingido
investir no Trotador Francês, impor- raça”, conta o criador. muitos objetivos nestes últimos 10
tando um garanhão que acaba de che- Acreditando na melhora não só anos de investimento na importação,
gar ao Brasil para seu criatório em da raça, mas de toda a indústria que Mário Vicensio fala que continua fo-
parceria com Haras Nabas. move o cavalo trotador, Mário res- cando sua criação nas duas áreas,
“De 2009, quando chegaram os salta que não basta ter apenas a má- tanto em marchadores como trotado-
primeiros animais, para cá foram 10 quina que é o cavalo, é preciso que res. “Gosto de tentar ser o melhor no
anos de investimento que existe de treinadores, jóqueis, proprietários e que faço e se optei em criar esta raça,
melhor no mundo, através de muita os próprios criadores também evo- quero estar entre os melhores da cria-
pesquisa para a evolução da criação luam. “É um conjunto, a soma de ção, por isto o investimento nos dois
nacional. Hoje já conseguimos ver os tudo isto proporciona chegar a nossa segmentos. Mas é claro que temos so-
resultados em pista, pois antes os realidade, pois antes não existia cria- nhos a realizar ainda, um deles é ter
grandes eventos tinham no máximo ção, então também não haviam trei- um cavalo meu correndo nos Estados
cinco ou seis cavalos nacionais parti- nadores de potros, eles só tinham Unidos”, finalizou.
36 Revista O TROTADOR