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do ringue para a raia





                                                                                 arquivo pessoal/Susi Freitas
         o meu próprio cavalo. A ideia inicial                                                   À esquerda, Charles
         era  um  animal  de  sela,  mas  dai                                                    aprendendo para se
                                                                                                 tornar jóquei
         quando me apresentaram um cavalo
         de charrete, foi eu montar e me apai-
         xonar. Nunca mais quis saber de ca-
         valo  de  sela.  O  cavalo  de  corrida
         trotador é uma paixão que para mim
         se tornou um vício do bem, pelo qual
         sou apaixonado”, conta.
            A princípio, os cavalos trotadores
         que adquiriu foi para fazer romaria e                                                   Abaixo: O lutador ama
         passeios,  mas  assim  que  o  amigo                                                    acompanhar seus
         Gia Santos o levou conhecer a Socie-                                                    animais, aqui ele segura
         dade Paulista de Trote, em Piracaia,                                                    sua égua Esmeralda,
                                                                                                 após corrida na SPT
         decidiu investir na corrida. “Comecei
         deixando  meus  cavalos  no  Stud
         Gomes,  do  Kiko,  e  fui  me  apaixo-
         nando cada vez mais pelas corridas.
         Conheci o marchador e hoje gosto
         dos  dois.  Tenho  dois  animais  que
         ficam  hoje  no  Stud  Dahy  e  é  uma
         sensação indescritível acompanha-
         los em tudo”.
            Tendo o cavalo marcado na pró-
         pria  pele  –  em  suas  tatuagens  –
         Charles  conta  que  ama  bichos  em
         geral, mas a paixão pelos cavalos é
         maior  e  faz  questão  de  escovar,
         andar, até mesmo conversar com os
         seus, sempre que possível. “Tenho
         uma  tatuagem  no  meu  ombro  es-
         querdo, que traz esta minha paixão,
         que é o desenho de um batimento
         cardíaco e um cavalo, é assim que
         me  sinto.  O  cavalo  faz  parte  da
         minha história, gosto demais”.


         Fortes emoções
            Dentro da pista o cavalo propor-
         ciona  fortes  emoções.  Segundo
         Charles, a torcida é grande para o
         seu animal, com vibração, e o desejo
         seria estar sempre próximo quando
         as corridas acontecem.
            “Gosto de acompanhar o treina-
         mento dos animais, pois assim como
         na luta, é preciso se dedicar ao trei-
         namento, investir em alimentação e



                                                                                        Revista  O TROTADOR    11
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