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Perspectiva
A busca por um hipódromo oficial
Para o fomento das corridas e do cavalo trotador
no Brasil, a necessidade de um hipódromo aprovado pelo
L ocais para a realização de Susi Freitas da economia local. É este benefício
Ministério da Agricultura é fundamental.
corridas sempre são muito
que queremos levar para a comuni-
dade do trote no Brasil.
bem vindos, mas a neces-
sidade iminente de um hi-
pódromo oficial, seguindo toda Grande expectativa
regulamentação do MAPA, é ainda
maior quando se tem a possibilidade Continuando a busca por um hi-
de desenvolver um projeto junto a pódromo oficial, a expectativa da
PMU – Pari MutuelUrbain, que che- PMU Brasil é de que já no ano que
gou ao Brasil e já trabalha junto aos vem haja uma solução para a ques-
cavalos de galope na operação de tão e se possa ter em sua programa-
apostas hípicas. ção as primeiras corridas com
Atuando junto a lideranças do ca- apostas. “A partir daí, esperamos se-
valo trotador, desde que chegou ao guir a parceria contribuindo com
Brasil em 2016, a PMU já vem auxi- idéias e iniciativas, tanto comerciais
liando e orientando criadores em re- quanto em comunicação, que aju-
lação a Le Trot quanto à aquisição de dem o trote a crescer e se desenvol-
animais da raça Trotador Francês, Joseph Levy, CEO da PMU Brasil. ver, para em alguns anos retomar um
concretizada este ano. lugar de destaque entre os esportes
“A PMU acredita que essa parce- Desde o início das conversas, a equestres”, continuou Levy.
ria é fundamental para que se possa maior dificuldade para a concretiza- O ânimo entre as partes envolvi-
organizar um calendário regular de ção do trabalho é, sem dúvida, a falta das aumentou após a assinatura da
corridas oficiais com a captação de de um Hipódromo aprovado pelo Mi- Convenção de Produção entre Brasil
apostas, nos moldes do trabalho de- nistério da Agricultura, além da au- e França, realizada em fevereiro
senvolvido com o galope em diferen- sência de um calendário regular de deste ano em Paris, onde foi iniciado
tes regiões do país. É importante corridas. “Sem isto não é possível um trabalho junto à Le Trot para iden-
lembrar que na França, o trote cor- captar apostas de maneira legali- tificar os melhores criadores de Tro-
responde a 51% do mercado, com zada e gerar receita anual que possa tador Francês que pudessem
corridas regulares e uma legião de contribuir para o desenvolvimento e oferecer as éguas com as caracterís-
fãs. Desde o início do projeto, foram manutenção da cadeia produtiva que ticas desejadas pelos criadores bra-
realizadas várias reuniões com os envolve o cavalo trotador”. sileiros, que se concretiza neste final
grupos ligados à raça no Brasil para Responsáveis por gerar parte da de ano, com a chegada dos animais.
entender o cenário atual e encontrar receita necessária para a manuten- “Em agosto, na segunda viagem
uma solução nessa questão do hipó- ção dos hipódromos e premiações à França este ano, foi realizada uma
dromo, que é fundamental para a aos jóqueis, treinadores e proprietá- rodada de visitas e negociações que
continuidade do projeto. É impor- rios, as apostas são fundamentais culminaram na compra dos primeiros
tante destacar que a PMU Brasil em qualquer modalidade de corridas exemplares. Com isto já estamos rea-
pode auxiliar no mapeamento de de cavalos. Segundo Joseph, os prê- lizando a troca de experiência entre
possíveis hipódromos, mas são as mios ajudam a manter o trato mensal os dois países sobre temas como
Associações de Criadores do Cavalo dos animais e a busca por novos trato, nutrição, treinamento e regula-
Trotador as responsáveis por viabili- exemplares, além da perpetuação da mentação da atividade, sendo pas-
zar um local adequado para as corri- raça e do esporte. As apostas criam, sos importantes para o projeto que
das”, explicou Joseph Levy, CEO da assim, um círculo virtuoso de gera- mostra o potencial que ele tem em
PMU Brasil. ção de empregos e desenvolvimento nosso país”, finalizou.
Revista O TROTADOR 13