Na reta final de seleção dos Times Brasil de Hipismo em Tóquio, cavaleiros e amazonas tem até 21 de junho para estabelecer novo índices técnicos e a nomeação final, prazo máximo até 4 de julho.
João Victor Marcari Oliva montando Escorial Horsecampline fechou sua apresentação no Grand Prix do Concurso de Adestramento Internacional CDI3* de Compiègne, na França, nesta sexta-feira, 28/5, com a média final de 70,130%.
Assim a dupla registrou seu o 3º índice olímpico (mínimo de 66%) junto a três juízes 5* da Federação Equestre Internacional (FEI): Susan Hoevenaars, da Austrália (69,022%), Maria Colliander, da Finlândia (69,565%) e o alemão Elke Ebert, (69,891%). Os outros dois juízes (FEI4*) que atribuíram ao conjunto (cavalo/cavaleiro) notas acima de 70%: Annick Dauban, da França (70,435%) e Maarten van Der Heijden, da Holanda (71,739%). Único brasileiro na competição, João Victor Oliva/Escorial Horsecampline ficou em 11º lugar entre 40 inscritos de 11 países.
O Brasil tem direito a uma vaga no Hipismo Adestramento nos Jogos de Tóquio. Para representar o país o candidato precisa obter em pelo menos dois eventos definidos pela FEI o índice mínimo (Minimum Elegibility Requirements – MERs) estabelecido pela entidade que é de 66% no Grand Prix, tanto na nota média final como com um juiz FEI5*.
A busca dos cavaleiros pela vaga em Tóquio começou logo depois do Pan de Lima 2019 e se intensificou em 2020 e 2021. O prazo para atingir a elegibilidade (MER) é 21 de junho e a nomeação final tem prazo máximo até 5 de julho.
Com três índices técnicos, João Victor Oliva montando Escorial Horsecampline é forte candidato a vaga. O conjunto foi formado em setembro de 2020 como um projeto olímpico idealizado pela JRME Horse Campline, proprietária deste garanhão Puro Sangue Lusitano de 12 anos.
“Fiquei feliz com a prova e por ter conseguido uma boa pontuação em uma competição tão importante como esta. Eu e o Escorial estamos nos entendendo cada vez melhor. Agora é focar, melhorar ainda mais e estar preparado para competir e representar o Brasil em Tóquio”, comemorou João Victor.
Em novembro, em estreia internacional no CDI3* de Alter do Chão, João Victor e Escorial Horsecampline alcançaram a nota final de 71% e com dois juízes FEI 5*: 71,1964% com Raphael Saleh, da França, e 70,761%, na avaliação do alemão Elke Ebert. Em abril de 2021, no CDI3* de Abrantes veio o 2º índice, 69,130% de nota final e com os três juízes FEI5*: 71,848% com Irina Maknami, da Rússia, 68,478% com Isobel Wessels, da Grã Bretanha, e 68,043% com a holandesa Francis Verbeeck van Rooy.
João Victor Oliva, 25 anos, que estreou nas pistas em 2008, aos 12 anos, é atleta militar, integrou o Time Brasil nos Jogos do Rio 2016, fez parte das equipes medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de Toronto 2015 e Lima 2019, participou de duas edições dos Jogos Equestres Mundiais, em 2014 na França e em 2018 nos Estados Unidos. Foi campeão individual e por equipe do Sul-americano de 2014, no Chile, e representou o Brasil na Final da Copa do Mundo de Adestramento, em 2017, nos Estados Unidos.
Pedro Tavares de Almeida, 27, integrante do Time Brasil medalha de bronze no Pan Lima 2019 e que defendeu o país na Olimpíada Rio 2016, nos Jogos Equestres Mundiais da Normandia 2014 e de Tryon 2018 também busca a vaga brasileira no Adestramento. Entre 2020, registrou dois índices montando Xaparro do Vouga em CDIs em Cascais, Portugal, e em 2021 um índice com Famous do Vouga no CDI3* de Abrantes, também em Portugal.
Giovana Prado Pass, 23, integrante do Time Brasil na Rio 2016 e Mundial 2018, também está na lista de candidatos a vaga em Tóquio e esse final de semana compete no CDI3* de Jerez de La Frontera, na Espanha.
Hipismo nos Jogos de Tóquio
São três as modalidades hípicas olímpicas: Adestramento (Dressage), Concurso Completo de Equitação (CCE) e Salto.
O Adestramento será o primeiro em pista com a realização dias 24 e 25/7 com a disputa do Grand Prix, prova qualificatória por equipe e individual. O Grand Prix Special, dia 27, define o pódio por equipe, e o Grand Prix Freestyle, dia 28, o pódio individual.
A FEI estabeleceu um novo formato a partir das Olimpíadas de Tóquio que aumenta o número de países competindo, mas com equipes menores, três aos invés de quatro membros. Na comparação com os Jogos do Rio 2016, o Adestramento sobe de 25 para 30 nações; no Salto vai de 27 para 35, e no Concurso Completo de Equitação (CCE) de 43 para 48 países.
Imprensa CBH com colaboração: Rute Araujo