João Victor Oliva e Escorial garantem qualificação técnica para os Jogos Olímpicos no Adestramento

Com dois índices técnicos (Minimum Eligibility Requirements – MER), o cavaleiro olímpico João Victor, 25, com sua nova montaria Escorial Horsecampline deu um importante passo em busca da vaga do Brasil em Tóquio. Pedro Almeida com Xaparro do Vouga também está tecnicamente qualificado.

No último sábado, 24, o cavaleiro olímpico e medalhista pan-americano João Victor Oliva garantiu o segundo e definitivo índice olímpico no Internacional de Adestramento CDI3* de Abrantes, em Portugal. Foi a segunda competição do cavaleiro em sua nova montaria, Escorial Horsecampline.

João e Escorial Horsecampline, um lusitano de 12 anos, fecharam com a média de 69,130% e registraram índice olímpico (mínimo de 66% de aproveitamento) junto aos três juízes 5*: a britânica Isobel Wessels, o holandês Francis Verbeek van Rooy e a russa Irina Maknami. João e Escorial Horsecampline finalizaram na 5ª colocação. A vitória foi do espanhol Jose Antonio Garcia Mena com Divina Royal, 72,783%.

“Essa foi só a segunda prova internacional com meu cavalo. Acho que a gente tem muito a melhorar. O índice de progressão ainda é grande, nosso conjunto vem melhorando e isso que é importante. Agora, o mais difícil, que eram os índices, a gente já conseguiu, agora é torcer para que o cavalo se mantenha bem e sigamos melhorando”, destacou João, 25, que teve sua participação olímpica na Rio 2016 e atualmente treina em Portugal.

João começou a montar Escorial em setembro de 2020 e fez primeiro índice olímpico no GP de Alter do Chão em 17 de novembro.

Agora além de João, Pedro Almeida com Xaparro do Vouga estão tecnicamente qualificados para os Jogos Olímpicos no Adestramento, onde o Brasil será representado por um conjunto. Ambos cavaleiros podem garantir novos índices até dia 21 de junho, prazo limite estabelecido pela Federação Equestre Internacional. As provas de adestramento em Tóquio acontecem entre 24 e 28 de julho, no Equestrian Park de Tóquio.

Trajetória

Desde sua estreia em pista, em 2008, o jovem talento que se tornou atleta militar (Sgtº Oliva) em 2015, soma importantes conquistas: melhor atleta do time Brasil de Adestramento nas Olimpíadas do Rio 2016 e o melhor brasileiro em uma Final da Taça do Mundo de Dressage, em 2017, em Omaha, Estados Unidos; medalha de bronze por equipe em duas edições dos Jogos Panamericanos, Lima 2019 e Toronto 2015; campeão Sul-Americano individual e por equipe (Odersul/Chile 2014); melhor atleta da equipe brasileira nos Jogos Equestres Mundiais da Normandia, na França, em 2014, e de Tryon, em 2018, nos Estados Unidos.

foto: divulgação