Dono de duas pratas no Mundial 2018, o brasileiro Rodolpho Riskalla dominou o placar no Internacional Paraequestre CPEDI3* AL Shaqab em três anos consecutivos, totalizando nove vitórias, dessa vez ultrapassando a barreira dos 80% de aproveitamento perante juiz escalado para os Jogos Paralímpicos.
Com atuação espetacular, o cavaleiro brasileiro Rodolpho Riskalla montando Don Henrico garantiu 100% de aproveitamento no Concurso Internacional Paraequestre CPEDI3* AL Shaqab, em Doha no Catar. Habilitado para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, Rodolpho venceu as três provas que disputou: na quinta-feira, 25, sexta-feira, 26 e novamente nesse sábado, 27/2, registrando nada menos 81.075% de Freestyle Grau IV.
Com o resultado, Rodolpho, 37, completa três anos consecutivos com 100% de aproveitamento no estádio Al Shaqab 2019/2020/2021 totalizando nada menos que nove vitórias. “Fui super bem hoje também, melhor reprise que já fiz com Don Henrico. Nos três dias foram os melhores percentuais que já tive com este animal, que realmente está em sua melhor forma. É bom demais poder voltar a fazer prova, nessa época conturbada de Covid-19. A gente está feliz demais com o resultado”, destacou o campeão que monta Don Henrico, de propriedade da ex-amazona olímpica alemã Ann Katrin Lisenhof, desde julho de 2017.
“Agora daqui a duas semanas eu vou para um Internacional em Macon Chaintre na França com meu outro cavalo, Don Frederic, propriedade da nossa amiga brasileira Tania Loeb Wald. E agora o meu foco total é a preparação para Tóquio”, garante o Rodolpho, uma das principais apostas de medalha do hipismo brasileiro nos Jogos Olímpico e Paralímpicos em Tóquio.
A treinadora de adestramento Rosangele Riskalla, mãe do cavaleiro, destacou “o juiz presidente do juri em Doha, o alemão Marco Orsini, que vai julgar os Jogos Paralímpicos de Tóquio, adorou a perfomance do conjunto, com uma nota 10 e vários 9. Passar dos 80% de aproveitamento é um sonho realizado”.
Superação ímpar
Rodolpho, hoje com 37 anos, pratica adestramento desde a infância e aderiu ao adestramento paraequestre no início de 2016 seis meses após a perda da parte inferior das duas pernas, a mão direita e dedo da mão esquerda em decorrência de uma meningite. Menos de um ano depois defendeu o país nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e, em 2018, foi o melhor brasileiro nos Jogos Equestres Mundiais 2018 nos EUA conquistando duas medalhas de prata no adestramento paraquestre.
O cavaleiro reside na França há cerca de 10 anos e recém mudou para Alemanha, onde conta com três cavalos a sua disposição. Além do adestramento paraquestre, Rodolpho também compete com sucesso em provas de adestramento.
No Adestramento Paraquestre as disputas são divididas em cinco graus – I,II,III,IV e V – grau de dificuldade crescente de acordo com a avaliação / classificação funcional da deficiência do atleta.
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foto: in2strides