O processo de congelamento e descongelamento para conservar o sêmen, diminuindo os efeitos deletérios sobre o espermatozóide e, também evitar a diminuição a taxa de motilidade e vigor, se chama criopreservação de sêmen equino.
A morfologia do sêmen equino é afetada diretamente com esse processo, mas para que a técnica seja viável foram tomados alguns cuidados como, a utilização de uma alta concentração de sêmen e uma média de 5 a 8 palhetas descongeladas por inseminação artificial.
A prática está cada vez mais difundida nas técnicas como a inseminação artificial e está ligada a difusão da criopreservação de sêmen equino. Neste processo, é necessário usar o sêmen equino em diversas biotécnicas de reprodução equina visando o resultado de melhoramento genético dos potros.
A criopreservação permite realizar a inseminação artificial com matrizes genéticas de regiões diferentes, combinando características desejáveis, sem necessariamente expor os animais ao contato direto, e neste contexto entra a técnica que permite a comercialização deste produto.
Para trabalhar com reprodução equina, é preciso entender os aspectos envolvendo a criopreservação de sêmen equino, os efeitos do congelamento e os compostos usados, por isso é essencial que um médico veterinário especializado para realizar o processo com muita eficiência.
Aspectos básicos para a criopreservação
Para que a qualidade dos espermatozóides seja preservada e não tenha perdas, alguns cuidados precisam ser cuidados para o processo de criopreservação de sêmen equino.
Para que o congelamento tenha sucesso, substâncias que atuam contra os efeitos danosos da oscilação de temperatura são adicionadas no material. Após o descongelamento, o material do sêmen precisa preservar características como, metabolismo do espermatozóide e motilidade progressiva.
Diluidores para criopreservação
Os diluidores são utilizados para preservar a qualidade do material recolhido do garanhão, na criopreservação de sêmen equino eles são utilizados antes do processo de congelamento.
Crioprotetores para a criopreservação
Na conservação do produto são usados compostos conhecidos como crioprotetores, que são agentes com a função de proteger as células e tecidos dos efeitos deletérios causados na morfologia dos espermatozóides durante o congelamento.
Os Penetrantes, são capazes de atravessar a membrana plasmática do espermatozóide, por serem uma molécula pequena. Já os Não-penetrantes, possuem moléculas de maior tamanho, não sendo capazes de atravessar a membrana plasmática. Os crioprotetores mais utilizados são:
– Glicerol: crioprotetor do tipo penetrante, com maior efeito favorável no meio extracelular. Tem efeito na membrana plasmática, reduzindo a fluidez e interferindo na sua permeabilidade.
– Dimetilformamida: do grupo das amidas, é um composto mais viscoso e menos solúvel em água que o glicerol, fazendo com que ela deixa a membrana do espermatozóide ainda menos permeável.
– Etilenoglicol: também faz parte dos álcoois e, portanto, é um crioprotetor da categoria dos penetrantes que realiza ligações de hidrogênio na membrana plasmática do espermatozóide com uma ação similar à do glicerol.
Aplicação e mercado para a criopreservação
No mercado de reprodução equina, essa biotécnica apresenta a possibilidade de armazenar o material genético dos garanhões por um longo período de tempo.
Para executar a técnica, é indispensável que o profissional tenha conhecimento na área, pois diferente da sua aplicação em bovinos, quando aplicada ao sêmen equino, é preciso cuidado e atenção para evitar perdas significativas do material genético.
Por: Vitória Junqueira