Medalha de prata individual e por equipe no Hipismo Adestramento no Pan-americano de Santiago 2023, o conjunto João Victor Marcari Oliva montando Feel Good V.O registrou índices olímpicos na estreia na temporada em Cascais, Portugal
Decidido a participar pela terceira vez de uma Olimpíada, o cavaleiro paulista João Victor Marcari Oliva, de 28 anos, radicado na Europa, começou com bons resultados a fase de competições válidas como processo seletivo para obtenção do Índice Mínimo de Elegibilidade (MER, na versão em inglês) para os Jogos de Paris 2024.
No primeiro Concurso de Dressage Internacional da temporada, o CDI3* de Cascais, em Portugal, realizado em dois fins de semana de fevereiro – entre 9 e 11 e de 16 a 18 – João Victor Oliva montando o warmblood Feel Good V.O venceu três das quatro provas que participou, atingindo o MER nos dois Grand Prix, a prova válida para obtenção do índice estabelecido pela Federação Equestre Internacional (FEI) que é de 67% de nota média final e com um juíz FEI5*.
No primeiro GP, dia 9, a dupla atingiu 67.674% de nota média final e 68.370% com o juiz FEI5* Leif Tornblad, da Dinamarca, ocupando o 5º lugar entre os 22 competidores de oito países. No dia seguinte, no GP Special a nota subiu para 69.723% e o cavaleiro conquistou sua primeira vitória na temporada.
No final de semana seguinte, a dupla registrou novo índice e vitória nas duas provas: no Grand Prix, dia 16, com participação de 18 conjuntos de sete países, atingiu 69,891% de nota média final e 70.326% com o juiz FEI5* Magnus Ringmark, da Suécia, e 70.766% no GP Special.
“No primeiro fim de semana não fiquei contente com o resultado: o tempo estava ruim e a ventania atrapalhou o Feel Good, então resolvi competir na semana seguinte, e aproveitei o intervalo entre as competições para corrigir alguns erros. Deu tudo certo e terminamos com mais duas vitórias. Estou muito feliz com os resultados, mas precisamos melhorar para buscar a vaga para Paris”, comentou o cavaleiro que estreou em Olimpíadas nos Jogos do Rio 2016 e foi o único representante do país em Tóquio 2021.
Diferente das outras duas modalidades hípicas, Salto e Concurso Completo que terão equipes na pista dos jardins do Palácio de Versalhes, palco do Hipismo nos Jogos de Paris, no Adestramento (Dressage) o Brasil vai ter somente um representante depois de perder a vaga por equipe por não cumprir a exigência de ter três conjuntos com índices até 31/12/2023, prazo estipulado pela FEI.
João Victor Oliva, que já tinha índices com Feel Good e Escorial Campline – seu parceiro em Tóquio – decidiu buscar a vaga com Feel Good não só pelos resultados que vem obtendo, como as pratas em Santiago, mas também pelo entrosamento dos dois. Foi João Victor quem domou Feel Good desde potrinho. Estrearam em pista em 2018 em concursos nacionais em Portugal, e em internacionais em terras lusas em 2020.
Além de João Victor Marcari Oliva, outros atletas também buscam índices e o sonho de representar o Brasil em uma Olimpíada. Entre eles, Renderson Oliveira – radicado em Portugal e integrante da equipe de prata Santiago 2023 montando Fogoso Campline.
No Brasil, outros candidados competem em CDIs programados pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). O primeiro acontece entre 22 e 25/2 na Sociedade Hípica Paulista. O processo seletivo estabelecido pela CBH começou em janeiro e segue até o dia 3 de junho.
Imprensa CBH com infos: Rute Araujo; imgs: Rui Pedro Godinho