Alemanha é campeã da Final Longines League of Nations e Brasil termina em 5º entre a elite do hipismo mundial

Foi uma disputa de tirar o fôlego. No domingo, 6/10, a 112ª edição do CSIO5* de Barcelona, na Espanha, foi palco da grande final da nova Longines League of Nations, o novo formato da Copa das Nações promovido pela Federação Equestre Internacional. A competição reuniu as oito melhores equipes do mundo, no primeiro grande desafio após os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Estiveram em pista: Espanha, em participação especial por ser o país anfitrião, Holanda, EUA, Brasil, França, Suíça, Alemanha, Suécia e Irlanda, seguindo a ordem inversa de classificação após as três qualificatórias válidas: Abu Dhabi, Ocala, St Gallen (etapa cancelada) e Rotterdã. A Alemanha sagrou-se campeã e o Brasil garantiu um honroso 5º lugar.

Stephan Barcha e Chevaux Primavera Império Egípcio, dupla campeã pan-americana 2023 e 5ª colocada em Paris 2024, garantiram o melhor resultado do Time Brasil; @Luis Ruas

O percurso, a 1.60 m, foi desenhado pelo espanhol Santiago Varela, o mesmo responsável pela armação em Paris 2024. O percurso, a 1.60m, contou com 12 obstáculos, totalizando 14 esforços, e na 2ª volta a saída do duplo de verticais e o último obstáculo foram elevados. Na 1ª volta, saltaram quatro conjuntos por equipe, com direito a um descarte, e na 2ª volta, conforme a regra, saltaram três conjuntos sem descarte. “Eu acho que agora ninguém pode dizer que o formato não está funcionando – é super emocionante”, destacou Santiago Varela. “Com este formato, você tem que esperar até o final porque tudo pode mudar em um segundo!”, acrescentou.

A disputa – Após o 1º percurso, a liderança estava nas mãos da Alemanha e da Holanda, ambas sem faltas, mas com a França, Suécia e Brasil logo atrás, cada uma com quatro pontos (1 falta). Ao final, a Alemanha, que já havia vencido a 1ª etapa em Ocala (EUA), conquistou o ouro com 12 pontos perdidos (pp), em uma disputa acirrada até o final com a Holanda, vice-campeã, 16 pp. A Suécia ficou com o bronze, 20 pp. Em 4º lugar, ficou a Irlanda, também com 20 pp. O Brasil terminou em um honroso 5º lugar, totalizando 24 pp, à frente das fortes equipes dos EUA, 28 pp, e da Espanha, 28 pp, mas teve um tempo maior na 2ª volta. A Suíça terminou com 40 pp, enquanto a França foi eliminada devido a um queda inesperada do cavaleiro Kevin Staut.

O Brasil em ação Pedro Veniss, montando Nimrod de Muze Império Egípcio, abriu a rodada para o Brasil com um percurso limpo na 1ª passagem, mas cometeu oito pontos (duas faltas) na 2ª. Marlon Zanotelli, com GB Diamantina, estreando nesse nível de competição, fez oito pontos na 1ª volta e não foi para a 2ª.

Yuri Mansur, com QH Alfons do Santo Antônio, zerou a 1ª volta, mas cometeu 12 pontos na 2ª, após enfrentar um problema com a ferradura em um dos anteriores.

Stephan Barcha, com Chevaux Primavera Império Egípcio, dupla campeã pan-americana de 2023 e 5ª colocada em Paris 2024, cometeu apenas uma falta na 1ª volta, com um leve toque na vertical nº 9, mas zerou a 2ª volta, garantindo o melhor resultado da equipe.

Os campeões A Alemanha contou com André Thieme, montando DSP Chakaria, que zerou a 1ª volta e fechou a 2ª com uma falta, Christian Kukuk, atual campeão olímpico, com Checker 47, que terminou sem faltas na 1ª volta, mas cometeu oito pontos na 2ª, e Richard Vogel, montando United Touch S, que garantiu um duplo zero, atuação decisiva na conquista do título. A quarta integrante da equipe foi Jana Warges com Dorette Old, que terminou a 1ª rodada com apenas uma falta.

Resultado completo

Imprensa CBH com imagens: Luis Ruas e FEI/Leanjo de Koster