Montando Vitiki, que tem uma incrível história de superação após em fratura na mão em 2018, Yuri comemorou uma das mais importantes conquistas da carreira. “Agradeço por toda energia positiva da torcida e especialmente ao Vitiki, não apenas pelo resultado, mas porque ele mudou minha vida.”
A noite na Final da Copa do Mundo 2022/2023 – Longines FEI World Cup Final em Omaha, nos EUA, no dia 08, foi memorável. Especialmente também para o brasileiro Yuri Mansur que montando Vitiki conquistou a importante 4ª colocação entre 40 conjuntos top mundiais, que se qualificaram em concorridas ligas pelo mundo afora. Sagrou-se campeão o sueco Henrick von Eckerman montando King Edward, atual nº 1 do mundo, campeão mundial individual e por equipes em 2022, campeão por equipes e 4º colocado na Olimpíada de Tokyo 2020+1, totalizando 5 pontos perdidos (pp) ao longo da competição.
Foi com apenas 3 pp – com o 9º lugar na 1ª parcial, o 6º lugar na 2ª parcial e o 5º posto na classificação geral – que Yuri e Vitiki, craque hannoverano de 15 anos, viraram para a grande final da 44ª edição da Copa do Mundo de Salto com participação dos melhores 30 conjuntos entre 40 que iniciaram a competição.
No GP Final, a 1.60m, em que os top 20 habilitaram-se à 2ª passagem, apenas um conjunto, o irlandês Denis Lynch com Brooklyn Heights, garantiu duplo zero. Outros quatro fecharam com uma falta (quatro pontos na soma dos dois percursos), entre eles, o campeão Eckermann com seu King Edward, que se tornou o primeiro sueco campeão da Copa do Mundo totalizando apenas 5 pp ao longo da competição.
Cometendo duas faltas na 1a passagem do difícil GP, Yuri e Vitiki viraram empatados em 3º lugar, com 11 pontos perdidos (pp) e após um 2º percurso impecável, sem faltas, em 62s40, fechou a competição em 4º lugar com os mesmos 11 pp da norte-americana Hunter Holloway, que também perdeu oito pontos na 1ª passagem e zerou a 2ª em 61s25, tempo que lhe rendeu a medalha de bronze. Sagrou-se vice-campeão o holandês Harrie Smolders montanado Monaco N.O.P que fechou o campeonato com 9 pp.
Yuri e Vitki, garanhão hannoverano hoje com 15 anos, têm uma incrível história de superação. Em 2018, Vitiki sofreu uma fratura na quartela do anterior direito em Aachen, meca do hipismo na Alemanha, fez uma complicada cirurgia e sua lenta recuperação foi extraordinária, voltando às pistas aos poucos dois anos depois. “Agradeço por toda energia positiva dos amigos e torcida e especialmente ao Vitiki, não apenas pelo resultado, mas porque ele mudou minha vida. Ele é um cavalo que prova que quando você realmente acredita em algo e trabalha duro tudo é possível. Ver o esforço e a motivação dos cavalos é incrível. Não sei quantas vezes vou achar um cavalo como o Vitiki se é que existe um cavalo assim. Minha família está feliz em tê-lo em nossas vidas e também, na verdade, como exemplo de vida”, destacou Yuri.
O campeão e atual nº 1 do mundo, Henrick Eckerman, 42, declarou: “Não consigo colocar a conquista em palavras, porque tivemos altos e baixos. Na quinta-feira, cometer uma falta foi realmente decepcionante, mas aí avaliei que foi bom não ter sido necessário saltar o desempate da prova e estar a apenas 1 ponto dos líderes não era tão mal. Hoje ele (King Edward) estava realmente com energia, tivemos uma falta na 1ª passagem, mas por outro lado eu o senti fantástico e, na 2ª passagem, somente tive que confiar nele. Ele está super em forma, fizemos três saltos no aquecimento, entramos e ele foi incrível.”
Histórico brasileiro
Até hoje, o maior vencedor brasileiro na história das 44 edições da Final da Copa do Mundo é o brasileiro Rodrigo Pessoa, tricampeão 1998, 1999 e 2000, vice em 2001 e 2003 e 3º em 2002.
Imprensa CBH com FEI