O uso de sêmen congelado na reprodução é uma das técnicas muito utilizadas pelos criadores durante a estação de monta. Vamos conhecer um pouco deste processo?
Na espécie equina, a luminosidade está diretamente relacionada ao seu ciclo reprodutivo, uma vez que as éguas começam a ciclar na fase do ano em que os dias são mais longos, ou seja, entram no seu período de competência reprodutiva. Portanto, é no início da primavera que se inicia a reprodução dos equinos, uma vez que o período diurno dura mais nessa estação, oferecendo assim mais luminosidade.
Tendo em vista que o Brasil é um país com dimensões continentais e quase nunca a doadora ou matriz está no mesmo local que o garanhão, são lançadas mão de biotecnologias para manipulação do sêmen equino.
Existem diferentes técnicas para o uso do sêmen equino, cada uma com suas vantagens, desvantagens e particularidades, são elas: a monta natural controlada, inseminação artificial com sêmen fresco, refrigerado ou ainda congelado.
O sêmen congelado equino fornece diversas vantagens como, por exemplo, a preservação do material genético de um garanhão com alto valor zootécnico, uma vez que, desde que o congelamento seja realizado de forma correta por um profissional competente e que as amostras sejam preservadas corretamente, ainda é possível a utilização do sêmen desse animal, mesmo depois de seu óbito. A possibilidade de utilizar garanhões que estão alojados muito longe do local da inseminação, até mesmo em outros países é uma das vantagens deste processo na reprodução, pois reduz os custos de transporte da égua; além da utilização de garanhões que estão impossibilitados de realizar outras técnicas para envio de sêmen, uma vez que possam estar em competição. É um processo que eleva o número e variedade de cruzamentos de animais.
A técnica para criopreservação do sêmen equino basicamente é a realização da coleta do sêmen do garanhão, por meio de uma vagina artificial, na sequência ocorre o processamento do sêmen, lançando mão de técnicas para tal procedimento. A adição de crioprotetores (para que os espermatozóides suportem o processo de congelamento e descongelamento) e posteriormente o envase do sêmen em palhetas devidamente identificadas, com o nome do garanhão, registro e data da coleta do material. Para congelamento do sêmen é utilizado nitrogênio líquido que então são armazenados em botijões contendo também nitrogênio para sua preservação.
Colaboração: Leonardo Marques, médico veterinário, (11) 96384.8688.