CSE solicita ao MAPA informações sobre orçamento para pesquisa do Mormo em 2023 e suspensão imediata da eutanásia de equídeos

Presidente do IBEqui reitera que medidas visam buscar resolutividade à questão da doença que traz impactos ao desenvolvimento do setor no país

O presidente da Câmara Setorial de Equideocultura (CSE), Fabricio Buffolo, enviou à Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAQPA) dois ofícios, após realização da 43ª Reunião Ordinária, no último dia 8 de dezembro, com membros de órgãos e entidades representativas de diversos segmentos do setor. O presidente do Instituto Brasileiro de Equideocultura (IBEqui), Manoel Rossitto, também participou do encontro virtual.

Em um dos ofícios, a CSE reitera o apoio à iniciativa das pesquisa relacionadas ao Mormo na EMBRAPA Gado de Corte – projeto que contribui para o melhor entendimento da doença e tem potencial de ser revolucionário nos novos caminhos a serem seguidos no país. O presidente da CSE também solicitou ao MAPA informações sobre o orçamento para manutenção do projeto de pesquisa para o ano de 2023, aém da inclusão de um membro da CSE MAPA no Grupo de Trabalho de Pesquisa.

Já no outro ofício, a CSE solicitou a imediata suspensão da eutanásia dos equídeos que apresentarem soro conversão no exame de triagem ELISA e confirmatório por WB, com base no Relatório do GT da CSE MAPA entregue ao DAS, em 15 de junho de 2022, e na consulta pública que manterá o Programa Nacional de Sanidade de Equídeos (PNSE) em revisão pelos próximos meses.

Para o presidente do IBEqui, é necessário que o Governo Federal priorize a pesquisa de desenvolvimento em busca de soluções viáveis para erradicar o Mormo no país, além de defender uma maior participação da iniciativa privada no setor.

“A equipe da CSE MAPA abriu possibilidade real ao debate sobre a doença. Foi um trabalho muito bem feito pelo GT. Na ponta, o proprietário tem certa resistência em abraçar o PNSE como está hoje. Já o Judiciário vem apresentando sentenças em que suspendem o processo disciplinado pelo MAPA e ainda sem rastreabilidade autoriza a movimentação de animais. Não temos nenhum caso e nem estudo da relação do cavalo x homem, por contaminação de Mormo no Brasil. É um momento oportuno para que a iniciativa privada também possa contribuir. Precisamos nos posicionar com toda a responsabilidade que temos perante o plantel nacional de mais de 6 milhões de equinos no país e de uma cadeia que movimenta cerca de R$ 30 bilhões por ano na economia brasileira, segundo estudo da ESALQ/USP”, afirmou Manuel Rossitto.

O presidente do IBEqui reiteirou ainda a importância de medicas eficazes que possam garantir resolutividade à questão da doença que traz significativos impactos e entraves há anos ao desenvolvimento do setor no país.

“Precisamos ultrapassar esses obstáculos, com um pacto entre os poderes legislativo, executivo e judiciário e as entidades representativas da classe. O IBEqui irá contribuir no que for necessário para a implementação de políticas públicas efetivas para o setor. Preciamos ter a manutenção orçamentária do aporte via MAPA, a fim de que possamos garantir que a Embrapa continue as pesquisas sobre o Mormo”, defendeu Rossitto.

Confira os ofícios no link:

http://www.avanticom.com.br/2022/ibequi/SEI_21000.124904_2022_13.pdf