Testes garantem segurança e Bem-Estar Animal nas disputas do Quarto de Milha; resultados seguem padrão internacional para provas equestres
O Departamento de Esportes da Associação Brasileira do Quarto de Milha (ABQM) vem intensificando a realização de exames antidoping em provas oficiais da raça. Os testes garantem segurança e Bem-Estar Animal nas disputas.
“Por evento, mais de 100 exames antidoping são realizados. Em Araçatuba, todas as provas oficiais do calendário anual já contam com coleta antidoping. Estamos, cada vez mais, intensificando a testagem dos animais. A ABQM tem o compromisso com a segurança e Bem-Estar Animal da raça”, explica o gerente de Esportes da ABQM, Henrique Campana.
De acordo com o regulamento, o teste antidoping deve ser realizado, obrigatoriamente, no campeão e o reservado campeão da(s) categoria(s) e modalidades selecionada(s), aleatoriamente, pelo Departamento de Esportes.
O exame antidoping não é feito somente para identificar alguma substância proibida que venha possibilitar ganho de performance, mas também para verificar se o animal estava em condições físicas adequadas de competir. Se no exame for constatado que o animal foi medicado para não sentir dor (ou estava em tratamento), ele é, imediatamente, desclassificado de todas as provas que participou no evento. O animal que está com dor, não deve ser submetido a um esforço físico desnecessário e nem participar das competições oficiais da raça”, reitera Campana.
O médico-veterinário e responsável pela coleta antidoping da ABQM, Luiz Fernando Cione Maldonado, explica como funciona o procedimento e que não há tolerância mínima para nenhuma substância.
“Nós temos uma equipe de médicos veterinários e estagiários do curso de medicina veterinária no doping. O exame é realizado pelo teste da urina do animal. Nós temos um protocolo de espera de 2h para a coleta. Se ele não urinar, coletamos o sangue. O material é armazenado pra prova (sem identificação)/ contraprova e encaminhado ao final do evento para o Departamento de Controle Antidopagem do Jockey Club de São Paulo. É um exame qualitativo. A tolerância é zero para qualquer substância”, destaca.
O exame antidoping é importante para o Bem-Estar Animal além, é claro, de garantir maior lisura, credibilidade e transparência às competições oficiais da ABQM.
“Nós queremos que os animais estejam, fisicamente, bem para participar das provas. Se o cavalo tiver um problema de saúde, mancou ou está com uma cólica, não vai pra prova. Todos os animais devem competir com as mesmas condições”, reitera o médico-veterinário da ABQM.
O resultado do exame demora, em média, de 25 a 30 dias. Nos casos de constatação de doping, o animal e o competidor ficam suspensos das provas e o proprietário paga multa, além de ficar sujeito a sanções administrativas, de acordo com a substância encontrada no material do animal.
“A penalidade se estende ao animal, ao competidor e ao proprietário do animal. O animal e o competidor podem ficar suspensos de provas oficiais e oficializadas pelo período de 30 a 180 dias e o proprietário sujeito a multa que varia de 5 a 20 salários mínimos. A prioridade da ABQM é garantir o Bem-Estar dos animais”, reitera Henrique Campana.
A ABQM disponibiliza, no site da entidade, uma lista de medicações da Federação Internacional Equestre (FEI) que podem ser qualificadas como doping: https://inside.fei.org/content/anti-doping-rules
Exame antidoping bloqueia temporariamente pagamento das premiações
O Departamento Financeiro da ABQM começa a liberar o pagamento das premiações dos animais que não tem envolvimento com o resultado dos exames antidoping, na semana seguinte ao término do evento. Mas, o gerente de Esportes da ABQM alerta aos proprietários sobre o bloqueio temporário de pagamentos nos casos de teste antidoping.
“O animal que vai pra doping bloqueia, temporariamente, o pagamento dos prêmios de todas as outras modalidades e categorias nas quais ele competiu, o que impacta outros animais e competidores. Se o resultado for positivo, todas as participações desse animal são desclassificadas e há uma recolocação geral de todos os demais conjuntos, o que pode mudar os valores de premiações. É por isso que o Departamento de Esportes realiza o bloqueio temporário do pagamento, nesse casos, entre 30 e 40 dias”, finaliza Henrique Campana.