Brasil carimba vaga na decisão do Salto por equipes no Mundial 2022, na Dinamarca

Com soberania da Suécia, campeã olímpica, 10 das 22 nações avançaram para a final por equipes no Mundial 2022. O Brasil virou em 10º lugar, a menos de uma falta do time 5º colocado e segue firme no jogo também na classificação geral.

Yuri Mansur

Nessa quinta-feira, 11/8, a 2ª qualificativa individual e 1ª volta da final por equipes de Salto foram o centro das atenções no estádio de Herning, na Dinamarca, sede do Mundial 2022, evento maior do hipismo realizado a cada quatro anos. Com show da Suécia, que computa menos de 1 falta (equivalente a 4 pontos), 10 das 22 nações avançaram para a final por equipes. O Brasil virou em 10º lugar, a menos de uma falta do time 5º colocado e segue firme no jogo também na classificação geral. Ao mesmo tempo, os 60 melhores conjuntos também avançaram para final por equipes, válida como 3ª qualificativa individual.

Pelo Brasil, Yuri Mansur montando QH Alfons do Santo Antonio fez pista limpa e vem em 14º na soma da classificação individual, Marlon Zanotelli e Like a Diamond van het Schaeck e Pedro Veniss com Nimrod de Muze, registraram ambos uma falta na tripla combinação (oxer, a dois lances, uma vertical e, a um lance, um oxer), ocupando, respectivamente, o 27º e 30º posto. Garantiram o passaporte para a decisão por equipes: Suécia, 3,69 pontos; França, 5,44; Alemanha, 11,76; Holanda, 13,31; Bélgica, 13,49; Grã Bretanha, 14,66; Suíça, 14,83; Canadá, 15,56; Irlanda, 17,15 e Brasil, 17,29. Vale destacar que o Brasil está menos de uma falta da Bélgica, 5ª colocada.

“Foi um percurso bem delicado, ainda mais nessa segunda rodada com pouquíssmos zeros. Meu cavalo hoje estava simplesmente incrível, na última linha ele me deu um trabalho, eu acho que ele imaginou que tivesse acabado ali, deu uma estancada de repente, mas do resto não tem o que falar, foi muito bom”, comemorou Yuri.

Marlon que foi o primeiro a largar também se mostrou satisfeito. “Minha égua Diamond saltou muito bem, está passando um sentimento muito bom. Cheguei um pouco perto na entrada do triplo, acabei tendo que montar um pouco para o segundo elemento e ela trocou de pé na vertical. A gente está feliz, saltando muito bem até agora. Hoje estava bem mais técnico e amanhã vai estar com certeza mais difícil ainda. É o normal e o armador está fazendo um ótimo trabalho”, destacou Marlon, atual nº 5 do ranking mundial.

Pedro lamentou um pouco a falta. “O cavalo saltou muito bem, um pouco chateado, talvez faltou um pouco mais de perna na saída do triplo, mas ainda estamos na briga. Amanhã a expectativa é boa. Acho que os três cavalos que saltaram bem ontem repetiram bons percursos hoje. O percurso estava um pouco mais difícil que ontem, mas eu acho que realmente o campeonato realmente começa amanhã”, pontuou cavaleiro.

Regras do jogo

As cinco primeiras equipes habilitam para Paris 2024 e a França, por ser país sede, independente do resultado, já tem vaga garantida. Assim se o Brasil chegar em até 6º lugar também está habilitado aos Jogos Olímpicos, independentemente do resultado do Pan 2023 no Chile, onde os três melhores países também irão se garantir nos Jogos de Paris.

Já a final individual, a 1.65m, dois percursos, acontece no domingo, 14/9, a partir da 9h00 (fuso brasileiro). Entram 1ª volta os 25 melhores do Campeonato (soma de todos os percursos) e na 2ª os 12 melhores da 1ª volta. Todas as disputas têm transmissão ao vivo pelo canalolímpicodobrasil.com.br

Retrospectiva do Brasil nos Mundiais

O Salto é a única modalidade no atual formato de Mundiais que o Brasil conquistou medalha com o ouro individual de Rodrigo Pessoa montando Gandini Lianos em Roma 1998.

Participando de todas as oito edições, desde 1990 na Suécia, o Time Brasil soma duas vezes o 4º lugar (The Hague, Holanda, em 1994 e Kentucky, Estados Unidos, em 2010); duas vezes o 5º lugar (Roma 1998 e Normandia 2014); 8º em Estocolmo, Suécia, em 1990; 9º em Jerez de La Frontera, Espanha, em 2002, 10º em Aachen, Alemanha, em 2006 e 14º em Tryon, Estados Unidos, em 2018.

Fonte: Imprensa CBH ; img: Luis Ruas