O Ozônio é um gás incolor e de odor característico, decorrente da junção de três moléculas de oxigênio, dando origem à sigla 03. Foi descoberto na Alemanha por volta de 1840, no período da primeira Guerra Mundial, onde foi usado para tratamento de grangrena gasosa e pós-traumática em soldados. Anos mais tarde, a idéia de usar a ozonioterapia na medicina surgiu novamente, estimulada pela falta de antibióticos disponíveis, uma vez que o ozônio tem ação bacteriana.
Além dos benefícios antimicrobianos (antifúngico, antibacteriano e antiviral), o ozônio traz diversas benfeitorias para o organismo, como: aumento da oxigenação sanguínea e tecidual, estímulo da imunidade, ação antiinflamatória, controle da dor, aumento da taxa de cicatrização, ação antioxidante, promove vasodilatação, tem poder anti-oncológico, entre outros.
Com todos esses benefícios, a ozonioterapia auxilia o tratamento de diversas enfermidades como: laminite, cicatrização de feridas, habronemose, traumas, dores musculares e articulares, tendinites, infecções, doenças virais, baixa resistência, problemas de pele, osteomielites, tratamentos oncológicos, afecções oftálmicos como úlceras, problemas de casco, entre outras.
Por ser uma técnica de baixo custo e diversos benefícios, está sendo muito utilizada em competições e na preparação de animais atletas, podendo ser realizadas sessões após o treinamento ou prova, a fim de aumentar a taxa recuperativa geral, auxiliando na musculatura, sistema circulatório e respiratório e aumentar a resistência imunológica, fator muito importante para animais que constantemente estão viajando para competições.
São várias as formas de aplicação da ozonioterapia, entre elas estão:
– Insuflação retal – consiste na administração do gás pelo reto do animal, trazendo benefício sistêmico em todo o organismo;
– Cupping e Bagging – geralmente utilizado em feridas e problemas de pele, onde o gás se concentra na delimitação desejada;
– Autohemoterapia ozonizada – técnica onde se coleta sangue do animal, mistura ao ozônio e é reaplicado no animal, podendo retornar ao sistema venoso, em pontos de acupuntura ou intramuscular. Essa técnica funciona como autovacina, onde o organismo tem que produzir defesa contra o próprio sangue e assim, aumentando a imunidade;
– Fluidoterapia ozonizada – é possível ozonizar soluções e realizar a administração de soros ozonizados, trazendo benefícios sistêmicos ao animal;
– Soluções e medicamentos ozonizados – podem-se ozonizar soluções para o auxílio de limpeza e cicatrização de feridas;
– Óleo ozonizado – é comum o uso de óleos ozonizados para auxílio dos tratamentos;
– Intramuscular e subcutâneo – aplicação do gás intramuscular e/ou subcutâneo em pontos de dor.
Para cada finalidade, a ozonioterapia tem sua concentração, quantidade e sua via de aplicação específica que deve ser estipulada e administrada pelo médico veterinário habilitado.
Colaboração: Maria Júlia Giuntini, Médica Veterinária especialista em Quiropraxia Veterinária, Kinesio Tape, Ozônioterapia e Liberação Miofascial Instrumentada. Contato: (11) 99593-4925