A distocia é definida como um problema que possa impedir ou dificultar o parto, podendo ser resultado de condições fetais ou maternas que impedem a passagem fetal de forma adequada.
A má formação do feto, sua apresentação (posição), seu tamanho ou até mesmo ao se tratar de gêmeos, são as condições apresentadas pelo feto de distocia. Torção uterina, pelve juvenil, lesões no trato reprodutivo, prolapso retal, prolapso uterino, são condições apresentadas como mecânicas, dentro da distocia materna, assim como a incompleta dilatação e a separação prematura da placenta. Todas as complicações podem colocar em risco a vida da égua e do feto, podendo leva-los ao óbito.
O parto de uma égua é dividido em três fases, o primeiro estágio destaca-se pelas primeiras contrações uterinas, deixando a égua inquieta, intercalando entre ficar em estação e em decúbito, durando em média de 1 a 4 horas. O segundo estágio é marcado pelo rompimento da bolsa amniótica e expulsão do feto, as contrações se intensificam e tem duração de aproximadamente 20 e 30 minutos. A terceira fase é a expulsão das membranas fetais, o podem ocorrer dentro de três horas após o nascimento.
Sinais que devem ser observados quando ocorre a distocia em éguas:
- Tempo anormal entre o primeiro e o segundo estágio;
- Severo aumento de esforço durante o parto
- Ausência da presença do feto pronunciado na vagina desde a ruptura da bolsa amniótica;
- Diminuição do esforço e das contrações – cansaço excessivo
O reconhecimento e o diagnóstico de um parto distócito é de fácil visualização quando levamos em consideração todos as fases de um parto normal, juntamente com o exame obstétrico no final do período gestacional, realizado pelo médico veterinário.
Colaboração: Carla Ruzza Ceppi, médica veterinária, com fotos arquivo pessoal central horse crc