#tbt Pim Quick chega para iniciar criação de Trotador Francês no Brasil

Porque hoje é dia de #tbt vamos relembrar matéria publicada na edição 17 da Revista O Trotador, em junho de 2019, falando sobre a chegada do primeiro garanhão trotador francês ao Brasil. Vamos relembrar?*

Pim Quick, garanhão Trotador Francês dos Haras Nabas e Vicensio

“Filho de Jasmin de Flore e Ixia de Bellouet, o cavalo Pim Quick chega ao Brasil para marcar a história do cavalo trotador, sendo o primeiro reprodutor Trotador Francês a desembarcar no país para dar início à raça, assim como evoluir a genética dos trotadores.

Com pedigree fechado no Trotador Francês e um promedio de 1:11 nos 2100 metros, o garanhão Pim Quick chega ao Brasil com apoio da LeTrot, a associação que fomenta a raça na França. Importado pelos Haras Vicensio e Nabas o animal foi escolhido dentre cerca de 30 opções disponíveis para o projeto de criação do Trotador Francês no Brasil.

“Fizemos um grande estudo dos animais, através do catálogo que nos enviaram e decidimos por este animal, por ser um reprodutor já comprovado na França, com inúmeros filhos correndo. Ele tem 15 anos e sua produção gira em torno de pouco mais de uma centena de animais. Também influenciou sua beleza, apresentação, o tamanho interessante e sua campanha nas pistas registrando ganhos de 352 mil euros, enfim, achamos ele a melhor opção”, contam os proprietários.

Pela história do Trotador Francês, em 1980 houve a miscigenação da raça com o Standradbred americano. A partir daí, o pedigree dos franceses ficou bastante americanizado. Como o intuito é iniciar a raça no Brasil, na escolha do animal, os investidores procuraram fugir um pouco da linhagem americana, que já existe aqui e pegar um pedigree fechado no francês, para proporcionar uma opção bastante diferenciada para quem é apaixonado pelo cavalo trotador. Também foi levado em conta a busca por um animal que combinasse geneticamente com as éguas francesas que chegaram no final do ano passado.

A expectativa dos criadores é iniciar a comercialização de coberturas já nesta temporada de monta. “Pela experiência que temos e tudo que estudamos, acredito que o cruzamento do Totador Francês com as éguas Standradbred aqui no Brasil vai dar um choque de sangue muito bom. É o que o pessoal usa no mundo inteiro, além de ser o sangue mais usado em toda a Europa, com ótimos resultados. Exemplo disto é o garanhão trotador Sebastian K que bateu recorde nos EUA, filho deste cruzamento. Então, acredito muito neste choque genético para promover ótimos resultados aqui”, continuam.

A criação da raça pura Trotador Francês será possível através do cruzamento do reprodutor com as seis éguas que já estão no Brasil. “Será uma outra opção, mas não compensaria trazê-lo se fosse apenas para cobri-las, então, nossa intenção é ter o Trotador Francês puro e também fazer os cruzamentos  com as éguas Standardbred”.

Buscando sempre produtos que façam a diferença e contribuam para a evolução da criação, os Haras Vicensio e Nabas tem a expectativa de uma ótima procura por coberturas, pois será novidade e não haverá concorrente, sendo diferente de tudo que existe hoje no Brasil.

Mais uma égua

Junto ao reprodutor também chega a égua Elite Mike, que vai para o Haras WOS. O grupo de criadores que importou no final do ano passado as seis trotadoras francesas decidiram dividir uma das éguas para deixar como matriz da raça e importou mais um exemplar para fazer campanha nas pistas.

O intuito da maioria dos proprietários das éguas é mante-las em treinamento para campanha nas pistas até novembro, depois pará-las por alguns meses para a retirada de embriões e no ano que vem retomar as corridas.”

*matéria publicada na edição 17 da Revista O Trotador