Manejo de feridas em equinos

Devido ao comportamento ativo e de reações rápidas, o cavalo está predisposto a traumatismos (agressões traumáticas ou lesões), principalmente quando sua função está associada a atividades esportivas ou de tração.

Além dos fatores ligados à sua natureza, as pastagens sujas e instalações inadequadas podem ser consideradas fatores de risco a ocorrência de feridas traumáticas.

A cicatrização é um processo corpóreo natural de regeneração concomitante dos tecidos epidérmico e dérmico e o tratamento baseia-se na higienização da lesão e consequentemente o curativo local com pomadas que favorecem a cicatrização.

Em equinos são reconhecidas especialmente as dificuldades decorrentes da formação excessiva de tecido de granulação em feridas cutâneas localizadas em extremidades, principalmente. Por isso o cuidado e atenção a feridas nestas áreas é de extrema importância para o sucesso do tratamento.

A figura 1, trata-se de um crescimento anormal em coroa de casco, sendo uma ferida granulomatosa na qual foi feito o uso de pomada a base de Imiquimode, um imunomodulador, além da associação com hemoterapia semanal e curativos diários, o que foi essencial para regressão da mesma, porém o tratamento é longo e trabalhoso.

Já na Figura 2, trata-se de uma lesão em membro posterior, onde o animal se cortou e a lesão estava tendendo a formar um tecido de granulação, o processo foi interrompido pelo tratamento com pomada a base de antibiótico e curativos diários após higienização.

              Portanto, é essencial intervir de maneira correta, com protocolos baseados na higiene diária, com limpeza das feridas, retirada do tecido morto, proteção e hidratação para que o tratamento seja efetivo.

              E que apesar de a cicatrização, principalmente nos membros locomotores dos equinos, ser mais lenta devido a fatores como: maior facilidade de contato com sujidades, pouco tecido e menor vascularização a realização de curativos diários e seguir a orientação do Médico Veterinário é de suma importância para cicatrização completa.

Colaboração: Roberto Delort, médico veterinário com Luana Roveri Balestrin

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