Porque quinta-feira é dia de #tbt vamos relembrar a capa do Cavaleiro News edição 160, publicada em março de 2019, que trouxe como destaque o cavaleiro “Turcão”, de Itupeva.**
“A Romaria de Itupeva a Pirapora completa no final do mês 64 anos de realização e Antônio Marchi, o Turcão, tem orgulho em afirmar que participou de todas as edições da peregrinação, sempre montado, assim como é tradição em sua família.
Turcão tinha 8 anos de idade quando aconteceu a primeira Romaria de Itupeva, participando junto aos irmãos Luizão e Tite. De lá para cá não parou mais e comemora com a peregrinação 64 anos de participação. Em sua trajetória de romeiro, passou por várias atividades. Por 14 anos foi culatreiro da romaria junto ao amigo Pedro Bonin, além de ter sido também presidente por seis anos e outros mais integrando a diretoria. Apesar de não fazer mais parte da organização hoje, Turcão conta que está sempre junto aos amigos diretores e que desta forma, consegue curtir muito mais a peregrinação.
“O cavalo é uma paixão de família que fiz questão de passar para os meus filhos. Todos, inclusive minha esposa Neusa, participam da Romaria. Vai aproximando a data e a ansiedade toma conta da gente, correndo atrás dos preparativos, arrumando os cavalos que vão, no aguardo do grande dia. Posso afirmar que a romaria representa tudo para mim, é tradição na minha família e sempre agradeço por isto”, conta Turcão, ressaltando que o irmão Luizão (in memorian) também ficou 14 anos na diretoria e o filho Marcão (atual prefeito de Itupeva) foi diretor na peregrinação.
Todo ano, enquanto não sai a definição da data da romaria, a família Marchi não marca compromissos, porque a prioridade sempre é a peregrinação. Entre os animais companheiros de viagem, Turcão ressalta o burro Penacho, que o acompanhou por 13 anos a Pirapora e hoje continua na família, aos 30 anos de idade.
Apesar dos muitos anos de peregrinação a emoção sempre é grande ao chegar ao Santuário. Turcão relembra quando na missa ouviu pela primeira vez a música ‘Romeiros e Romarias’, de autoria do Lemão Gut, que o fez chorar pela identificação com a bela letra. Outra lembrança, de suas primeiras romarias, foi quando o irmão Luizão falou que era preciso acordar cedo para lavar o rosto no rio, porque a água era abençoada. “Isto quando o rio Tietê era limpo demais”. E ainda tem na memória a época em integrava a banda do pai, para se apresentar em Pirapora na chegada da romaria. “A gente chegava com o cavalo, rapidamente descia trajado, deixava o animal com um amigo e então descia correndo para pegar o clarinete e se apresentar na chegada dos romeiros”.
Apaixonado por cavalos, Turcão já participou de várias outras romarias e ainda hoje, durante o ano, marca presença em pelo menos mais cinco delas: Diocesana de Jundiaí, de Cabreúva, dos Bairros, Mista de Jundiaí e a de Itupeva a Aparecida do Norte, criada pelo amigo Valdo Falco, que este ano completa 30 anos de existência. São muitas as memórias, de histórias vividas junto à família na romaria; causos contados; grandes amizades firmadas e sua parceria de sempre com o cavalo. “Nestes anos todos de romaria podemos acompanhar a evolução do pessoal. Temos contato com romeiros de todas as idades e alguns nos emocionam, pelo amor que tem na Romaria. O mais importante é que esta nova geração que vem chegando continue a tradição de fé criada, para nunca deixar morrer nossa Romaria. Este é o desejo de todos os verdadeiros romeiros!”, finalizou.”
**matéria publicada em março de 2019, edição 160 Cavaleiro News