Para seguir competições, Cavalo Crioulo foi referência de combate à pandemia

ABCCC se destacou em 2020 por protocolos sanitários que foram exemplo para diversas atividades agropecuárias


Em meio a um ano de muitos desafios, o Cavalo Crioulo foi mais uma vez exemplo de superação. Com a pandemia causada pela Covid-19, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) foi precursora em protocolos sanitários para dar sequência ao ciclo das modalidades da raça. Juntamente com a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, as medidas foram realizadas com êxito, tornando a entidade referência, tanto que outros eventos agropecuários procuraram seguir este modelo.

O presidente da ABCCC, Onécio Prado Júnior, destaca especialmente o trabalho do então mandatário da entidade até outubro, Francisco Fleck, juntamente com o diretor técnico da Santa Casa de Misericórdia, Ricardo Kroef, para que se pudesse construir uma solução para dar sequência ao ciclo de seleção da raça. “Se trabalhou em um programa sanitário visando a segurança de todos os envolvidos no ciclo do Cavalo Crioulo. Este programa foi aprovado e conseguimos dar sequência ao ciclo de seleção. Foi um trabalho bem feito, de forma científica, e conseguimos realizar todas as provas de forma satisfatória”, observa, acrescentando que inclusive o programa recebeu aval das autoridades sanitárias.

Sobre o mercado, que também precisou se transformar ao longo do ano no quesito de comercialização, o dirigente lembra que, mesmo com os leilões virtuais, as vendas não se arrefeceram. “As dificuldades exigem que a gente trabalhe com criatividade e ousadia. Tivemos que realmente investir e partir para o leilão virtual. Foi um trabalho muito bem feito não só pela associação, mas pelas leiloeiras e canais de comunicação. Tivemos uma valorização enorme e os resultados foram excepcionais. Tivemos recordes de vendas em 2020 não só no Cavalo Crioulo, mas em outros setores pecuários. O leilão virtual nos permite levar oportunidades de aquisição do produto praticamente no Brasil todo e em outros lugares do mundo”, salienta.

Prado Júnior assumiu a associação em outubro, juntamente com uma equipe que mescla a experiência de ex-presidentes, criadores conceituados da raça e novos nomes que trazem novos olhares de gestão. Um dos pilares da diretoria é dar atenção a todos os envolvidos no processo, desde associados, passando por criadores, usuários do Cavalo Crioulo, profissionais e colaboradores da entidade. “Estamos procurando trabalhar em todas as frentes. Temos que enfrentar todos os problemas e dificuldades e estarmos abertos a todos aqueles que tenham qualquer necessidade da associação. Todos os casos garantimos que vamos analisar e dar uma resposta, mas sempre com bom senso e pé no chão”, explica.

Para 2021, a ideia é dar sequência a um planejamento que já está trazendo resultados para a raça, que vem crescendo pelo Brasil por meio do fomento iniciado em outras gestões, mas sempre de olho no atual momento. “Estamos trabalhando com planejamento, conscientes que podemos lidar com adaptações devido às possíveis limitações que a pandemia nos traz”, complementa.