Dificuldades vão desde a qualidade, regularidade e preços dos exames até a divergências nas análises entre laboratórios nacionais e internacionais, problemas de logística, técnicas de colheita e formas de armazenamento, além da falta de padronização técnica
O Instituto Brasileiro de Equideocultura realiza, nesta terça-feira (24/11), às 16h, uma reunião técnica virtual com especialistas e membros para tratar de questões relacionadas aos exames e laboratórios veterinários no país. “Recentemente, algumas entidades relataram problemas diversos e recorrentes com laboratórios, em todo território nacional”, destaca Manuel Rossitto, presidente da Junta Administrativa criada pelo IBEqui para tratar da legalização e regularização das atividades equestres no país.
“Então, para analisarmos todas essas situações, levantarmos os gargalos e, com base nisso, estudarmos a melhor forma de encaminhamento e soluções, é fundamental a participação dos técnicos das entidades filiadas ao IBEqui, com conhecimento e aprofundamento no tema, de forma a dar subsídios para criação de uma agenda em comum”, enfatiza.
A reunião técnica tem um papel de extrema importância para o negócio do cavalo, na visão de Rui Carlos Vincenzi, presidente da Associação Brasileira dos Médicos Veterinários de Equídeos. “Como vários participantes da cadeia produtiva e das associações-membro do IBEqui vão participar, por meio de seus representantes e técnicos, será possível identificar problemas que podem ser distintos nas diferentes regiões do país. E as discussões vão trazer, com certeza, sugestões, soluções e caminhos que podemos percorrer.”
Ele reforça que o objetivo da reunião é identificar os problemas e gargalos que podem ocorrer desde a colheita do material a ser analisado à logística para o envio ao laboratório e, também, quais os problemas internos, quando o material chega ao laboratório. “Temos dificuldades relacionadas à técnicas de colheita, às formas de armazenamento, envio e transporte desse material e, depois, os problemas dentro do laboratório, como a padronização das técnicas e dos insumos utilizados. O objetivo deve ser evitar que haja discrepâncias nos resultados. A reunião é o primeiro passo e uma ótima iniciativa do IBEqui neste sentido e, certamente, não vai parar por aí.”
“Todos os membros do IBEqui têm um objetivo comum: a melhoria da criação, a profissionalização do processo, as melhorias de condições de bem-estar dos animais e das pessoas que trabalham com os animais. Então, temos um caminho em comum, que todos comungam, e se faz necessária essa agenda para trazermos ideias, soluções e todos trabalharmos no mesmo sentido”, acrescenta.