O nosso #tbt hoje traz matéria publicada em dezembro de 2015 na edição número 04 da Revista da Marcha, contando a história do Haras da Chave, criatório de Mangalarga em Jundiaí.
“Localizado em Jundiaí, o Haras da Chave iniciou suas atividades em 2012 e se dedica à criação de animais da raça Mangalarga, focados no andamento de marcha progressiva.
Seguindo a tradição transmitida de geração a geração, o Haras da Chave nasceu pela paixão que pai e filho nutrem por cavalos. Fernando Chechinato Schiavi junto ao filho Lucas sempre mexeram na área de compra e venda de animais e, há 3 anos, decidiram também iniciar a criação e, desde então, já conquistaram importantes títulos para o reconhecimento do Haras junto à raça Mangalarga.
“Minha relação com o cavalo começou quando eu nasci e veio do meu avô, que passou para o meu pai, que veio para mim e agora também já transmiti ao meu filho. Sempre mexi com animais de sela e, quando decidimos iniciar o criatório, nos voltamos para o Mangalarga, pela qualidade que hoje a raça possui, em virtude da marcha progressiva, na minha opinião o melhor andamento que existe”, disse Fernando Schiavi, ou simplesmente Fumaça, como é mais conhecido.
Iniciado em Itupeva, no bairro da Chave que deu nome ao criatório, o Haras hoje está em nova área, na cidade de Jundiaí. “Meu filho herdou o amor pelos cavalos e gostando muito de estudar genética propôs iniciarmos a criação, hoje já estamos vendo os resultados nas pistas”, continuou.
Uma das importantes conquistas hoje na raça foi ver duas filhas do reprodutor Safari Da Janga como Grande Campeã e 1a Reservada Grande Campeã Pelagem Pampa na Nacional do Mangalarga. Outro marco foi com Fagulha da Bica que é Reservada Campeã Brasileira de Marcha, título conquistado no Rio de Janeiro em julho deste ano.
Além de Safari da Janga, o Haras da Chave também possui o reprodutor Juventus do HIC (Café J.O x Diadora do H.I.C.), um jovem garahão que se destacou sendo campeão Cavalo Jovem da Copa de Andamento de Jundiaí, numa das mais competitivas disputas em pista.
“Nestas minhas negociações de tropas, sempre tem um ou outro animal que vem a se destacar e a gente acaba separando para o nosso haras, o que formou a base da nossa criação. O Juventus do H.I.C. foi assim, adquirimos e vimos uma morfologia diferenciada e um andamento marchado e de muita qualidade visto no chão. Na Copa de Jundiaí ele foi campeão Cavalo Jovem e acredito que isto ajudou a projetar a divulgação do nosso Haras, pois foi muito comentada a vitória”, conta.
Dentre as 15 matrizes do criatório destacam-se: Granfina do HIC, Celia do Itacumbi, Saline da Jauaperi, Havana ACS e Fagulha da Bica. Ainda no plantel do Haras da Chave, existem hoje 25 potros/potras.
No final de novembro, o Haras participou do primeiro evento da ABCCPampa, na Pampa FEst Tatuí e com o animal Galant Donat já levou o título de campeão. “Temos intenção em começar a participar de mais eventos da raça, sempre trazendo o Mangalarga para o Pampa. Vemos que na categoria de Marcha Progressiva os animais da raça se sobressaem”, disse Lucas.
Dentre as metas futuras, os criadores objetivam transformar o Haras da Chave em referência quando se fala em andamento.
“Assim como temos grandes haras que servem de referência para nós, como o H.I.C., do Israel Costa e do Dirceu, o haras da Bica, do João Panela e Joãozinho, nós queremos ter nosso haras reconhecido como produtor de bons cavalos de marcha. O maior sonho a realizar é fazer um Grande Campeão de Andamento e visualizo isto em no máximo cinco ou seis anos, pois os cruzamentos que temos feito e com a genética usada, os animais são de qualidade”, finaliza.”