A inseminação artificial é uma das técnicas de reprodução equina mais importantes para o melhoramento genético. Para alcançar os objetivos desejados, a coleta de sêmen é uma etapa fundamental.
A coleta de sêmen em equinos possibilita que a inseminação artificial em éguas alcance maior escala e eficiência na produção. Este processo deve ser feito por um profissional qualificado, para que a coleta seja feita com maior qualidade e em maior quantidade, sendo possível analisar o potencial reprodutivo do garanhão, evitando prejuízos antes mesmo da fertilização.
Conheça alguns dos tipos de coleta de sêmen em equinos, como eles podem ser utilizados e armazenados.
Principais métodos para coleta
Cada método de coleta de sêmen em equinos, proporciona um resultado diferente e isso acontece por conta da qualidade e quantidade de sêmen obtido. Todos os métodos devem ser executados por um médico veterinário especializado em reprodução.
Coleta por ‘Camisa-de-Vênus’ (camisinha): Utilizado desde os anos 60, o uso da ‘camisa-de-vênus’ foi um dos primeiros utilizados. É uma alternativa para animais que não se adaptaram à alternativas mais atuais.
Neste método, o garanhão é estimulado com uma égua no cio e a “camisa-de-vênus” é colocada no pênis do garanhão para a coleta do sêmen. Apesar de ser utilizada com muita frequência, esse método oferece um produto de menor qualidade devido à maior possibilidade de contaminação.
Coleta por meio de fármacos indutores de ejaculação: Esse método é utilizado em casos mais específicos. Assim, ele é recomendado para animais com disfunções reprodutivas ou em animais que tenham sofrido lesões e não consigam realizar a monta.
Não é comum de ser utilizado, o material obtido apresenta menor volume mas, maiores concentrações e maior número total de espermatozoides. A desvantagem é o efeito dos fármacos nos animais e a variação na respostas obtidas.
Coleta por estímulo manual do pênis: Método de coleta muito pouco utilizado hoje, porém é muito útil quando outros métodos não podem ser utilizados. Os resultados são semelhantes aos da vagina artificial e possui uma execução específica. Assim, é necessário que o veterinário responsável esteja treinado para realizar o estímulo de forma correta.
Coleta de sêmen por vagina artificial (VA): Esse método é o mais utilizado hoje em dia, apesar de antigo já sofreu várias atualizações ao longo dos anos. São utilizados diferentes modelos de vaginas artificiais, o que popularizou ainda mais seu uso na reprodução equina.
Sua popularização também se deu, depois da boa adaptação dos garanhões com o método. Isso porque o comportamento é muito parecido com a monta natural, além de ser de fácil manuseio por parte do veterinário responsável.
O método das VA’s diminuiu drasticamente as taxas de contaminação do sêmen, porque o material passa diretamente para o copo coletor, evitando o contato do produto com a parte externa do pênis e com as secreções vaginais.
Processamento do sêmen coletado
Após realizada a coleta, o sêmen é preparado para a inseminação. O material coletado pode ser utilizado logo em seguida ou armazenado, dependendo de quando será realizada a inseminação artificial.
Fresco: é a forma mais simples e funcional de armazenagem do sêmen, pois o material é usado logo em seguida para realizar a inseminação. Com Esse tipo de processamento, as taxas de gestação aumentam.
Resfriado: o sêmen deve ser armazenado em temperatura entre 4ºC e 5ºC, de quatro a nove dias. Essa técnica é muito utilizada, quando o sêmen precisa ser transportado em distâncias curtas.
Congelado: utilizada em casos quando o material precisa ser transportado por longas distâncias para que a inseminação seja realizada. O veterinário precisa ter mais cuidados neste caso, pois permite que o sêmen seja conservado por mais tempo.
Conhecendo todos estes métodos, a coleta de sêmen tem influência direta na reprodução e na inseminação equina. O método de coleta e as técnicas de processamento e armazenamento, atuam qualidade do material obtido.
Cada método é eficiente em diferentes situações, portanto o conhecimento do médico veterinário responsável pelos procedimentos, fará toda diferença no resultado final.
Por: Vitória Junqueira